segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Comboio Turístico

Comboio Turístico. Uma ideia para a cidade.
Um comboio que o leva a passear pelas belas ruas da cidade de Évora.
A iniciativa pertence à Associação Comercial do Distrito de Évora - Comércio, Turismo e Serviços. Esperemos que a experiência seja positiva e que possamos ter esta atracção na época alta de turismo. Évora merece.~







quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Um passeio a Monsaraz

Monzaraz , a pequena e bela vila do distrito de Évora, para mim a princesa do Alentejo, dista 54 kms de Évora.
Estando na cidade, deverá seguir pela estrada em direção a Reguengos de Monsaraz, após o que terá indicações que a levarão à branca e bela vila de Monsaraz: pequena, de casas brancas e calçadas negras de xisto, protegida por forte muralhas e uma visita que você não poderá deixar de ver.

Para a sua visita, sugiro o seguinte circuito.

Quase a chegar a Monsaraz, do lado esquerdo da estrada, uma placa indica a "Pedra dos namorados". Faça o pequeno desvio até ela e tente a sua sorte no amor, atirando uma pequena pedra para o cimo da pedra dos namorados, tentado que a pedra que atirou lá fique.
Após este pequeno exercício, olhe de longe para as fortificações de Monsaraz e aprecie a sua beleza. Siga então, direito à muralha da aldeia.
Pouco antes de Monsaraz, ao passar pela simpática aldeia do Telheiro, pare um pouco, observe a bela fonte, magnífica obra de arquitetura rural.
O carro não pode entrar dentro das muralhas da vila. Estacione nos parques que as antecedem.
Percorra alguns metros a pé e, antes de entrar para o interior das muralhas, aprecie a magnífica paisagem sobre o rio Guadiana e sobre o maior lago artificial da Europa, a Barragem do Alqueva.
Passe então para o interior da muralha, respire de prazer por tão bela vista, de brancura imensa, de gentes simples, de tradições mantidas.
Para apreciar e desfrutar dessa beleza deverá seguir as indicações do seguinte mapa:


1 - Porta da Vila  
2 - Casas dos Alcaides
4 - Antigos Paços da Audiência (Museu do Fresco)
9 - Castelo
12 - Sala de Exposições
13 - Porta de Évora
14 - Porta Alcova
15 - Porta do Buraco

Enorme o prazer de vaguear nas calmas ruas do magnífico núcleo urbano e tradicional .
Não terá vontade de deixar a sua pacatez,. Aproveite e não se vá embora sem apreciar as boas iguarias regionais num dos bons e tradicionais restaurantes da vila.
Concordará comigo e pensará " que dia magnífico!"
Poderá pernoitar na "bela princesa" onde terá várias opções à sua escolha. Se, pelo contrário, optou por regressar a Évora, e ainda tiver algum tempo disponível, aproveite e visite o Cromeleque do Xerez e o Menir do Outeiro .
Faça uma pequena paragem em Reguengos de Monsaraz, uma das capitais do famoso vinho alentejano.
No restante caminho não deixe de se enamorar pela beleza das paisagens alentejanas.

Boa Viagem

Antero Campeão, Dezembro 2014
















sábado, 22 de novembro de 2014

Casas encastradas no Aqueduto da Água da Prata

Casas encastradas no aqueduto da Água da Prata

O crescimento da população de Évora, no espaço "intra-muros" levou a que cada vez fosse menos o espaço disponível para a construção de habitações. Associado a esse facto, a redução de custos, aproveitando uma estrutura já construída, levou à construção nos arcos do aqueduto, por exemplo, na Rua do Cano, Rua do Salvador, Rua de Pedro Simões, Tv. das Nunes e Rua Nova, ou mesmo sobre o aqueduto como é o caso na Tv. do Sertório.
Essas belas e pitorescas habitações, apesar de encastradas num monumento nacional, embelezam a cidade pela sua originalidade e brancura contrastante com as pedras escuras do aqueduto.


Rua do Cano


Rua do Cano

Rua do Cano


Rua de Pedro Simões

Rua de Pedro Simões

Tv. Sertório

Tv. Sertório
                                      


Rua Nova

Antero Campeão
Novembro 2014




terça-feira, 18 de novembro de 2014

Ponte Romana sobre o Rio Xarrama, Via Romana e Necrópole com quase 3000 anos.

Ponte Romana sobre o Rio Xarrama (Bairro de Almeirim / Évora) e via Romana

A ponte situada entre as Herdades da Barba Rala e a Herdade da Chaminé. A ponte estaria integrada numa via que partiria de Évora para sul em direcção à região de Portel. 

Urgente fazer algo para preservar mais este importante marco histórico na nossa cidade.




Fotos  Paulo Manços. (Internet)

No seguimento  da ponte, com as obras da Fábrica da Embrair, foi posta a descoberto a antiga via romana, que ligava Évora a Beja.
Esperemos que a mesma seja conservada e mantida visitável.


A cerca de 100 metros da via romana foi ainda descoberta uma Necrópole com 80 sepulturas e quase 3000 anos.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Uma panorâmica de 360º desde o Jardim Diana


Desde o Jardim Diana  poderá conseguir uma magnífica panorâmica sobre uma das mais monumentais zonas da cidade de Évora.
No lado norte do jardim, coloque-se do lado direito do lago. Comecemos então uma volta de 360º, fazendo a rotação da direita para a esquerda. No horizonte um grande edifício branco, onde funciona um hotel de Luxo, poderá ver o Convento do Espinheiro . Mais afastado, numa elevação do terreno, conseguirá visualizar o Castelo de Evoramonte . Deixe então o horizonte longínquo e na cercania da cidade o contorno de uma fortaleza, o Convento e Forte de Santo António, à esquerda deste, o Convento da Cartuxa, convento de clausura. Como que correndo na direcção ao convento,  uma imponente construção. Trata-se do Aqueduto da Água de Prata. Continue a sua rotação e segue-se de seguida um enorme edifício branco. Trata-se do Convento de São Bento de Castris, o qual se encontra na base da elevação mais alta dos arredores de Évora, o Alto de São Bento, onde se veem dois moinhos brancos, lugar de onde poderá obter uma das melhores vistas sobre a cidade.
"Recolha o zoom visual" e centre-se na proximidade. Olhe para o plano inferior e verá um pequeno jardim, repleto de nespereiras, onde funciona a Unidade Museológica da Central Elevatória das Águas. Atrás do mesmo, uma casa senhorial, Palácio dos Condes de Soure, onde actualmente funciona uma das secções da Polícia de Segurança Publica. A seguir, uma pequena travessa, com umas janelas ogivais e gradeadas, atrás das quais se encontra o belo Jardim das Casas Pintadas, com as pinturas renascentistas mais bem conservadas de Portugal.
A esquerda, meio ocultado por enormes plátanos, as traseiras da Fundação Eugénio de Almeida.
A vista dirige-se então para o belo Largo do Conde de Vila Flor, no qual, quase no mesmo plano visual, poderá ver as torres da Sé de Évora e o Museu Municipal.
Impossível de passar despercebido, o Templo Romano, conhecido por Templo Diana  impõe a sua imponente presença.
Perca uns minutos nessa imagem fantástica da Sé, do Museu e Templo.
Continue a sua viagem visual e encontrará  a fachada da bem "recheada" Biblioteca Pública à direita da qual a singela arquitectura do Convento dos Lóios  onde funciona a pousada homónima.
No recanto, a bonita Igreja de São João Evangelista, considerada uma das mais belas de Portugal, pelo seu interior rico em azulejaria.
O Jardim do Paço, onde funciona um restaurante com agradável esplanada esconde-se atrás de uma Bonita Porta, aberta na brancura da parede. Inicia-se aí o Palácio dos Duques de Cadaval.
Termine a sua viagem pela segunda torre do Palácio, a  Torre das Cinco Quinas, bela e recheada de história.

Jardim Diana

Forte Santo António

Convento da Cartuxa

Aqueduto da Água de Prata

Jardim das Casas Pintadas

Largo Conde de Vila Flor (Museu)

Sé (Catedral de Stª Maria)

Templo Romano (Diana)

Antero Campeão - Novembro 2014








terça-feira, 4 de novembro de 2014

Visitar o Palácio Barahona


O edifício que a cidade  conhece há mais de um século como “Palácio Barahona” é um imóvel de alto valor patrimonial e artístico, cuja construção remonta à década de 60 do século XIX

Imaginado e projectado pelo arquitecto-cenógrafo italiano Giuseppe Luigi Cinatti, para servir então de residência nobre e citadina ao abastado lavrador José Maria Ramalho Dinis Perdigão (1830-1884). Era nos Finais do século XIX, «a mais elegante casa moderna da cidade».
O palácio apareceu em Évora como uma espécie de “imagem” da “modernidade
Giuseppe L. Cinatti  brindou a sua criação com belos desenhos especiosos e romântica “arquitectura de interiores”, evidenciados sobretudo nos belos estuques, de todo inéditos na cidade.
Frente ao Palácio Giuseppe L. Cinatti  “criou” um jardim (Jardim Público) que, disseram os contemporâneos, “chegou a ultrapassar o «passeio» da Estrela (Lisboa), em imaginosas e românticas evocações...”
Palácio e jardim público estão de “mãos dadas”
A edificação do palácio, ao tempo de José Maria Ramalho Dinis Perdigão, esteve sujeita às circunstâncias do terreno, tendo inclusivé “encaixado” a própria muralha da cidade, em local onde se erguia a continuação do baluarte do Príncipe (construção da 2ª metade do século XVII).
Tal fez com que o projecto se estendesse a partir de um pátio interior, naturalmente com jardim de desenho tradicional que, nos anos 60 do século XIX, tinha ao centro um “moderno” kiosque.
O acesso ao 1º andar, onde se estendiam as salas e salões nobres (de recepção, de baile, aposentos privados, etc.), fazia-se e ainda faz por enorme escadaria (que ainda se conserva!), iluminada por três grandes janelas.
A ala norte do edifício parece que estava reservada para habitação e privacidade do casal.
A distribuição das diversas dependências do palácio, devido à maneira como foram
concebidas, permitiam uma hierarquia entre os espaços de intimidade familiar, corredores
e ligações alternativas entre divisões, e espaços próprios para os alojamentos das visitas
também beneficiados com a privacidade.
Os  espaços de convívio social , como sejam o salão de baile,  o salão de jogo, a sala de fumo e de convívio, distinguiam-se pela decoração que, segundo os cronistas, o interior do edifício, tanto no mobiliário como na decoração e riqueza de materiais utilizados, o palácio ultrapassava tudo o que até então se havia visto em Évora como habitação.
O acesso ao jardim do palácio, feito por amplo corredor, apresenta  um magnífico portal, de exuberante desenho em mármore branco de Estremoz, estilo rocócó, provavelmente datado dos finais do reinado de D. José I.
Portal este adquirido do Convento de Santa Maria do Espinheiro, bem como uma enorme gárgula de origem calcária, figurando dois leões que parecem brincar, sendo o leão inferior híbrido, com cauda de peixe. Esta gárgula (séculos. XVI/XVII )  está desde há muitas décadas no lago do pátio anexo à porta frontal..
 Além de uma área descoberta de 5.000 m2. (jardim, horta e pomares), um edifício com 1.054 m2. de área de implantação, com um piso térreo que, inicialmente, incluía 9 divisões, além de cocheiras, cavalariças, picadeiro e outras divisões, um 1º andar com 19 divisões (incluindo grande cozinha ou cozinhas?), salões, despensas e outras dependências para serviços vários, um 2º andar com 15 divisões e um 3º andar com 5  divisões.
Segundo o projecto de Cinatti, o imóvel poderá dar-se quase por concluído em finais da década de 70 do século XIX. Nessa altura o “Palácio Barahona” era o mais imponente e o mais sugestivamente romântico  palácio da cidade.
Na sua organização e manutenção, mordomos a preceito, “quartéis” de empregados domésticos e de estábulos associados a um estrutura  de proporções e comodidade dignas dea “quem” se poderia incumbir o encargo de albergar as visitas reais a Évora.
Estiveram hospedados neste palácio, o rei D. Luís, a rainha Maria Pia de Saboya e o filho, o infante D. Afonso, duque do Porto. Em Maio de 1889, foram suas visitas o rei D. Carlos e a rainha D. Maria Amélia de Orleans. Foram também “hóspedes” escritores, artistas plásticos, políticos em hora de sucesso, etc.).
Crónicas da época escreveram sobre o Palácio:  «Já lhe adornam as salas quadros dos melhores pintores modernos; já uma formosíssima estátua da Puberdade, do cinzel de Simões Almeida, e em breve de Alberto Nunes, a do poeta Bernardim Ribeiro, talvez seu antepassado pela casa do Torrão, lhe hão-de embelezar o palácio …, bem como uma colecção de bustos em mármore, dos nossos poetas e prosadores contemporâneos.
Moveis novos de preciosas madeiras; restaurações de obras antigas; trabalhos perfeitos em prata e ouro; decorações de janelas, tudo, ou quase tudo, enfim, que lhe ornamenta as salas, obras são de artistas nacionais.».
«de atenção, pela sua beleza e riqueza: o salão de baile com seus belos estuques e pinturas;
seu lustre monstro e seus grandes candelabros de cobre dourado; o salão de recepção com
seus candelabros de Sévres, e uma grande bacia do Japão; salão das Belas-Artes, com quadros, desenhos e esculturas de autores nacionais, notando-se : aguarela de Sua Majestade a Rainha D. Amélia; desenho da Exmª. Srª. D. Ignacia Angelica Fernandes Ramalho de Barahona; aguarelas de Casanova; quadros de Bordalo; de Ramalho; etc.; estatuas, em mármore branco, do Pudor; da Juventude (Daphne e Chloé); de Bernardim Ribeiro; todos de inexcedível execução; bustos, em mármore branco, de Antero do Quental; Teixeira d’Aragão; Oliveira Martins; e de Manuel Bento de Sousa; busto em bronze de Rodrigo da Fonseca Magalhães, etc..
Na fachada do lado do jardim se nota um lindo portado de mármore”
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Grande parte do espólio artístico encontra-se no Museu de Évora, a quem foi doado pelo proprietário.
A beleza arquitectónica das suas linhas e o magnífico jardim envolvente fez com que nos últimos tempos tenha sido alvo da cobiça de empresários portugueses, europeus e orientais para ali implantarem um hotel de luxo.

Actualmente funciona no Edifício o Tribunal da Relação de Évora.


Visitas : (Até final de Dezembro de 2014)
4ªFeira das 14h00 às 16h00
6ª Feira das 10h00 às 12h00
Outros horários sobre marcação prévia e dependendo de haver ou não julgamentos



Antero Campeão
Novembro 2014